terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Uma disputa pela Ucrânia

      A própria Rússia se originou na capital da Ucrânia, Kiev, incorporada inclusive em 1922 pela União Soviética. Só em 1991 é que a Ucrânia obteve a sua independência. Esses países têm fortes laços culturais e históricos. Ainda por cima a Rússia é responsável por usar os gasodutos ucranianos para levar o produto até a Europa. Por outro lado a Ucrânia importa o gás russo, mantendo desta forma uma relação a mais. 
       Já a União Europeia (UE), incentivada e aliada aos EUA, há muito tempo vem tentando trazer aliados, procurando conquistá-los ao leste. Isso foi feito com os antigos países que pertenciam à zona de influência russa, que são a Letônia, Estônia e Lituânia. 
      Para que a UE pudesse fazer isso, propôs para o governo ucraniano um acordo comercial com a Europa. De início parecia excelente, de extrema vantagem, mas havia um porém: o país deveria se padronizar aos exigentes padrões europeus. Isso significa que deveriam ser feitos cortes de serviços públicos e privatizações.
      Sabendo da jogada da UE, Vladimir Putin, presidente russo, ofereceu algo para a Ucrânia: reduziria 30% da taxa percentual do preço do gás e faria um empréstimo de 15 bilhões de dólares, desde que deixasse a união com os integrantes europeus. Foi exatamente o que o presidente ucraniano Viktor Yanukovich fez: optou pelo lado russo. 
        Com essa decisão, em Kiev, veio um dos protestos mais sangrentos desde a independência do país, na qual matou 80 pessoas e fez com que Viktor fosse destituído da presidência, no qual fugiu para a Rússia. Plutin interferiu dizendo que poderia tomar qualquer atitude para proteger àqueles cidadãos que fossem de idioma russo. 
Manifestação em Kiev, 20 de fevereiro de 2014. Data que Yanukovich foi destituído.
       Ao analisar por cima esses fatos, até parece que a maioria não havia gostado da decisão. Mas o que aconteceu foi tomado por pessoas de classe média, conservadoras e que rejeitam Moscou. O que não significa maioria.
       A Ucrânia é dividida quanto ao seu idioma, uma parte fala russo (mais ao sul e leste, como pode ser visto no mapa) e que consentia em grande parte a decisão do Yanukovich. Enquanto do outro lado estão outros idiomas. 

      
     Embora os conflitos da UE e EUA versus a Rússia na disputa pela zona de influência na Ucrânia, já estavam cansados de Yanukovich pela situação crítica do país, além de denúncias de corrupção.
      Nos vemos como resquícios da guerra fria: quem consegue trazer para o seu lado a Ucrânia, o ocidente com capitalista ou o oriente, desta vez com a ex - união soviética?.
       Mas o que tem haver os EUA nessa história, aliando-se à União Europeia? Tudo foi revelado em uma conversa telefônica da secretária do Departamento do Estado dos EUA, Victoria Nuland, com o embaixador norte-americano em Kiev: Nuland não deixou dúvidas que o país age dessa forma como provocador de intrigas desde que seus interesses sejam postos em jogo. Eles falavam em constituir e escolher membros da oposição e manifestantes que deveriam ser incluídos no novo governo que futuramente seria apoiado pelos estadunidenses.
       Haverá um basta para a tentativa de controle norte-americano perante a maioria dos países do globo?  A disputa ainda continua: Rússia x UE e EUA.
Imagens retiradas de:
http://navalbrasil.com/wp-content/uploads/2014/04/ucrania-charge.jpg
http://operamundi.uol.com.br/media/images/Mapa-Ucrania---Carcovia.jpg
http://s2.glbimg.com/-73ZXWl_VE6C6xAmBLKdq5zUlOw=/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/01/20/ucrania1.jpg

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