quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Figuras de Linguagem

   O tema "Figuras de Linguagem" geralmente sempre é tema de algumas questões de vestibular. São importantíssimas, tanto para garantir uma melhoria na própria escrita, tanto como para permitir os sentidos de uma linguagem conotativa. Assim, fica muito mais fácil entender aquilo que outros escritores, poetas querem transpassar. 
   Aqui nesse post nos limitaremos nas principais:
Metáfora: É uma comparação subentendida. Um exemplo: "Meu verso é sangue" ~ Manoel Bandeira. Nessa metáfora ele compara o sangue dele como os versos que supostamente correm e circulam pelo seu corpo.E sabemos que isso não existe. Mas a metáfora usa palavras, expressões para dizer uma coisa que na realidade não ocorre, não que esteja errado. Logo trabalha o sentido figurado da palavra.
Pleonasmo: É o que já conhecemos, uma repetição, uma redundância na frase. Em redações dissertativas por exemplo, é feio e errado usar pleonasmo. Porém os poetas usam muito para enfatizar e realçar alguma palavra, algum sentido especial. Temos o verso de Vinícius de Morais: E rir meu riso e derramar meu pranto. Vemos que uso não é inadequado, já que o tipo textual permite que isso ocorra. Tornaram - se vícios de linguagem o subir para cima, entra para dentro, descer lá em baixo, etc.
Antítese: Dá informações opostas: Morreu, tu viverás na estrada
Ironia: Essa a maioria conhece e tem pessoas que lidam bem com essa figura de linguagem, bem como sabem usá-la com destreza. Vemos muito isso na maioria das obras literárias. Ex: (retirado da internet) tem pessoas que fazem sua tempestade e depois choram quando chove. Falamos uma coisa, sendo que queremos dizer o contrário.
Eufemismo: É usada para aliviar informações. No caso de um médico, que se depara com um paciente em estado terminal ele não poderia chegar em você e dizer: o velho já bateu as botas, já pode fazer a festança. Um eufemismo que tiro como exemplo é o do Álvares de Azevedo "Era uma estrela divina que ao firmamento voou"
Elipse: Omite os termos, porém permite que compreenda o que está sendo falado/escrito: Quanta maldade no mundo. Na frase não foi usado o verbo ''há", mas foi possível entender o sentido da frase.
Zeugma: omite termos que já foram usados ou já apareceram antes. Importantíssimo em dissertações por exemplo. É um modo de evitar um texto cheio de repetições. 
Assíndeto: É a supressão de uma conjunção. Ex.: "A chuva caía, a tarde não terminava", sem a conjunção 'e' foi possível compreender a mensagem. 
Polissíndeto: Nunca pense em usar em dissertações, à referência. Ele 'emporcalharia' seu texto, pois ao contrário do assíndeto, ele permite várias conjunções. Novamente: muito usado em poesia, assim como o pleonasmo. Ex.: E a garota chorava e esperneava e chamava pela mãe e ninguém ajudava. (Note a repetição da conjunção aditiva 'e')
Anacoluto: Quebra sintática que corta a ideia de uma frase. Ex.: A maioria dos amigos de hoje, não se pode confiar. Veja que há uma quebra na frase, porém logo continua de modo que é entendível ao leitor o que é pretendido ser passado. Seria errado um  anacoluto do tipo: chove muito, pastel é gostoso.
Anáfora: Repetição de uma palavra, expressão no início de um verso, de uma frase. Exemplo: Nada me encanta, nada me seduz, nada me deixa feliz. Note que há a materialização da palavra "nada".
Rima e o Homeoteleuto:Os dois são parecidíssimos: identidade sonora na terminação das palavras. A diferença é que a riam ocorre na poesia, enquanto o homeoteleuto na prosa, comum em ditados populares. Ex. de homeoteleuto: Mais valeu quem Deus ajuda do que quem cedo madruga.
Hipérbole: Está ligada ao exagero. Ex.: morri de fome. Chorei rios e mares.
Aliteração: Repetição de sons consonantais. Comum na poesia: Vozes veladas, veludas vozes. 
Assonância: Novamente, propício para a poesia, é a repetição de vogais. Veja esta: Tíbios flautins finíssimos gritavam (olhe quantos 'i's foram escritos) 
Metonímia: É a substituição de um nome que permite estabelecer uma relação para o entendimento. Ex.: O estádio aplaudiu o time. Sabemos que o estádio não aplaude, mas ao mesmo tempo nos remete à cabeça que quem aplaudiu foi a torcida, já que são palavras que estão no mesmo campo semântico, o do futebol. Ao mesmo tempo temos a personificação, que são objetos, animais (comum em fábulas0n que tomam atitudes humanas, com o e estádio que aplaudiu.
Onomatopeia: Julgo simples e sem enrolações; a conhecemos bem. São os sons que imitam os barulhos da natureza em geral. Cocoricó, muh, miau, au-au, bum, cabrum e que vemos muito em gibis.

Abaixo deixo uma tirinha com  figura de linguagem, a ironia do Garfield e uma videoaula para absorver o tema 100%:

Clique para ampliar (https://bonodavi.files.wordpress.com/2008/06/tira-garfield-sem-amigo.jpg)

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