A recomendação de livro, desta vez, é A Moreninha de Joaquim Manoel de Macedo. O escritor foi um médico que nunca exerceu a profissão, já que se
dedicou sua vida inteiramente à literatura. Na sua época tornou-se popular e suas obras representavam a classe média carioca que habitava a corte do século XIX.
A história inicia com Agusto, Leopoldo e Fabrício sendo convidados por Filipe para passar o feriado de Sant'Ana na casa de sua vó.
De principio, Augusto não queria ir e uma das motivações foi de que as primas e a irmã de Filipe lá estariam e seriam belíssimas. Ele era um jovem namorador que não conseguia ter um romance ou caso sério com uma moça sequer, pois gostava de "ficar", ao que conhecemos hoje, com várias em tempos diferentes. E, o mais importante foi que fizeram uma aposta: se Augusto
voltasse da Ilha sem ter se apaixonado verdadeiramente por uma das meninas,escreveria um romance por ter perdido a aposta.
Os quatro estudantes de medicina vão para Ilha, onde moram D. Ana (avó de Filipe), D. Carolina (irmã) e Joana e Joaquina (primas) .Quando chegam lá não se sente atraído por ninguém. Será que ele perderá a aposta? Tem algo em seu passado realmente revelador e que é um passe para o enredo da história. Mas só pode descobrir se você ler o romance.
Com o livro você pode entender melhor o período literário em que ele se passa, o romantismo. Ele mostra os costumes da classe média brasileira no RJ, a profissão principal que quase todos buscavam seguir, medicina (ainda buscam na maioria), bailes, a tradição de Sant'Ana e a paquera entre as moças. A crítica, bem como outras obras românticas é que a preocupação é com o "eu" e não se importa com os problemas da sociedade. Além disso só há retratações dos mais ricos. Mudanças de cenários e classes mostradas com mais convicções só virão com a escola literária do realismo.
Joaquim Manuel de Macedo |
Relações de conteúdos: literatura / história do Brasil
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