segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Países carrascos que veem a justiça na pena de morte

   Recentemente um caso que ocorreu na Indonésia virou notícia principalmente no território brasileiro: Marcus Archer foi o 1º brasileiro condenado por pena de morte no exterior. Por mais que tenham sido feitos apelos pela presidente Dilma Roussef que recorreu ao presidente da Indonésia e ao Papa Francisco para impedir que Archer fosse fuzilado.
    A execução aconteceu no dia 17 de janeiro de 2015 (esse sábado recente) às 15h30 no horário de Brasília por ele ter traficado drogas. Ele havia tentado, em 2003, entrar com 13 kg de cocaína no país, até ser pego pela polícia local.
     Trecho retirado de http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/01/brasileiro-condenado-por-trafico-de-drogas-e-executado-na-indonesia.html demonstra o arrependimento do rapaz:
[...] O cineasta Marcos Prado, que está fazendo um documentário sobre a história, divulgou na internet a conversa que teve com Marco pelo celular dias atrás. Ele tinha esperança de voltar ao Brasil. “Eu tô ciente que cometi um erro gravíssimo, mas, enfim, eu mereço mais uma chance, porque todo mundo erra. Meu sonho é sair daqui e voltar pro Brasil e mostrar pra esses jovens, ensinar esses novos jovens que a droga só leva a dois caminhos: ou à prisão ou à morte”, disse Archer. [...]
     E o debate que aqui proponho é acerca do tema PENA DE MORTE. Você realmente acha que é justo utilizar da pena de morte para condenar alguém por seus atos errados? 


     Se você é a favor com certeza usa como argumento "ele está pagando pelo que fez. Infligiu os direitos humanos de outra pessoa, por que não pode ter seus direitos humanos infligidos também? A pena de morte reduziria superlotações de presídios. A sociedade não prospera, não avança, com seus marginais, já que eles são um estorvo / empecilho aos demais cidadãos. Os bandidos pensariam duas vezes antes de cometer os crimes. E assim como estes outros argumentos que podem te deixar meio-a-meio ou te fazer optar por um lado. (Antes de prosseguir devo frisar de que o que escreverei consta de opinião pessoal contra a pena de morte.)
       Abaixo estão dois mapas com os países do globo que aderem a pena capital.
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     Por exemplo, no caso do brasileiro vemos que ele se arrepende pelo caminho que traçou pelas drogas. Nós somos seres humanos e mudamos constantemente nossos pensamentos, atitudes e ações. Essa nossa constância nos faz mais humanos. Se nunca mudássemos nossas características seríamos os mesmos e nunca nos arrependeríamos. Errar faz parte, bem como segundas chances devem ser traçadas e fornecidas. 
    Quando um Estado concede à pena de morte é contraditório. Já pensou nisso? Nenhum cidadão pode matar a outro, independente do que faça, porém o Estado pode fazer isso, infligindo a lei que colocou ao restante e que teria sido quebrada pelo condenado que estará sendo morto por ter matado, como exemplo. 
     Além disso todos nós temos o direito de viver. As pessoas podem cometer um crime por inúmeras razões. Ou ainda por cima - o que é pior - podem confundir aquele que está sujeito para a morte e matá-lo por engano. O país estaria tomando uma atitude injustíssima. 
      Ainda temos a desigualdade social: diferentemente de membros ricos que são compostos em sua maioria por brancos se safam por terem bons advogados. Dificilmente vemos casos de políticos corruptos condenados. Ou então chefes de multinacionais. Infelizmente, a maioria da população mais pobre é negra, ainda mais no Brasil. Dessa forma não possuem condições para pagar um bom advogado e ocasiona a desigualdade social e preconceito.
     Outro fato é que a pena não reduz a criminalidade. Vemos muitos casos criminosos piores que no Brasil, em alguns países como na Somália, Iraque, Sudão. Aquele que comete o crime não pensa nas consequências na hora de cometê-lo. É tomado por suas emoções, raiva, ansiedade, medo, sem ao menos pensar nas consequências. Você é um ser humano e sabe como é difícil lidar com os próprios sentimentos na hora de agir.
    Mais um argumento: condenação à morte é mostrar a incapacidade estatal de regenerar os seus indivíduos, impedindo-o de voltar a agir na sociedade de uma maneira melhor.  Vemos muito isso: culpo o indivíduo sem olhar para mim, onde estou errando. O governo, antes de olhar no que errou para que o cidadão tenha cometido o crime, se importa em matar, cometendo uma espécie de vingança. O capitalismo é atraente e pode impulsionar um ser humano a diversas atrocidades.  
      Muitos países, que ainda se chamam desenvolvidos (E.U.A., Japão...) são carrascos que criticam, por exemplo, o islamismo, nazifascismo, mas veem justiça na pena de morte, estando ao mesmo tempo seguindo orientações parecidas e que nos levam à uma antiga sociedade de carnificinas.

Imagens retiradas de: 
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzy7YzrL4j6bCuOG5hVO9sPDbq-wn0KXHjOHniu0Ln281Q0JklCKguFOj7QdLAikYzSuyOJVtc4iCrkxCLPlPH7zaPGAouWW4SiGOZnj3qFCIhhgDi6qsXjJ89Uuat0pgqBJ0v077wtK2n/s320/Pena+de+Morte.jpg
http://lh3.ggpht.com/_jgksueRWUuY/TcglDpS4YpI/AAAAAAAABY8/c36a-6CztWI/execucoes-paises_thumb%5B6%5D.jpg?imgmax=800
http://www.diarioliberdade.org/archivos/imagenes/articulos/1110a/021110-death-penalty-world-map-por.jpg
http://opiniaoenoticia.com.br/wp-content/uploads/Pena-de-morte1.jpg

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