quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Uma tentativa de cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia

    No dia 12 foi divulgado um acordo de paz, discutido pela Ucrânia, Rússia, Alemanha e França na capital de Belarus. Ficou decidido por Petro Poroshenko e Vladimir Putin de que a 50 km da fronteira tanto do lado da Rússia, quanto da Ucrânia estão proibidas o armamento pesado. Isso como uma medida de evitar conflitos entre cada lado da "batalha". Ainda neste acordo foi celado de que os prisioneiros desses conflitos seriam liberados. O que foi previsto foi basicamente o que foi discutido seis meses atrás em um acordo de paz parecido, entretanto quebrado e desencadeando mais conflitos. 
     Embora tenha sido feito o cessar-fogo, os conflitos continuam. Os EUA e Inglaterra como maneira corretiva passaram a ampliar as sanções. Entretanto, os EUA principalmente, com essas maneiras "corretivas"  acabam tentando fazer justiças com as próprias-mãos. Entretanto é uma maneira de tentar "enfraquecer" a Rússia na batalha por Kiev acirradamente disputada nos poderes de EUA e UE. As sanções limitam ainda mais o acesso dos grandes bancos russos aos mercados de ações e dívida dos Estados Unidos. E foram programadas para coincidir com as novas sanções econômicas da União Europeia, que incluíram restrições de financiamento para algumas estatais russas e congelamento de bens de dirigentes políticos do país. Não há vantagem em continuar com sanções, já que impede inclusive certas ações dos próprios países que são responsáveis por estas sanções.


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 Um resumo do que está acontecendo:
  • A União Europeia (UE), incentivada e aliada aos EUA, há muito tempo vem tentando trazer aliados, procurando conquistá-los ao leste. (Isso foi feito com os antigos países que pertenciam à zona de influência russa, que são a Letônia, Estônia e Lituânia.)
  • UE  para o governo ucraniano um acordo comercial com a Europa. De início parecia excelente, de extrema vantagem, mas havia um porém: o país deveria se padronizar aos exigentes padrões europeus. Isso significa que deveriam ser feitos cortes de serviços públicos e privatizações.
  •   Vladimir Putin, presidente russo, ofereceu para a Ucrânia redução de 30% da taxa percentual do preço do gás e  um empréstimo de 15 bilhões de dólares, desde que deixasse a união com os integrantes europeus. 
  • Viktor Yanukovich optou pelo lado russo.
  • Com essa decisão, em Kiev, veio um dos protestos mais sangrentos desde a independência do país, na qual matou 80 pessoas.
  • Yanukovich foi destituído da presidência, no qual fugiu para a Rússia. Putin interferiu dizendo que poderia tomar qualquer atitude para proteger àqueles cidadãos que fossem de idioma russo. 
  •  A Crimeia que já possui fortes vínculos com a Rússia pediu a anexação ao território russo. Os interesses nessa península eram devidos principalmente ao porto russo em Sebastopol, onde dava acesso à Rússia ao Mar Negro e Mediterrâneo. É praticamente um ponto estratégico. 
  • Em maio de 2014 a Rússia e China(maior consumidora de energia mundialmente) selou um acordo que entra em vigor em 2018 de um fornecimento de 38 bilhões de dólares de metros cúbicos de gás natural. É um investimento que será vantajoso e trará retornos ao país.  
  • A Rússia ainda assinou um acordo da nova União Econômica Euroasiática, tentativa de reaver e novamente aliar antigos países membros da URSS. É visível, ainda mais que são membros Belarus e Cazaquistão.Segundo Putin a desintegração da União Soviética foi o pior desastre do século XX.
  •  EUA suspenderam as relações comerciais com a Rússia;
  • Com a eleição e Petro Poroshenko assumindo o poder em 25 de maio, prometeu fim à guerra de separatistas pró-Rússia e forças de segurança;
  • Poroshenko assinou um acordo de livre comércio e cooperação política com UE, porém a Rússia alertou de que a Ucrânia pode sofrer sérias consequências assinando esse acordo.
  • Rússia abastece a Ucrânia com a energia proveniente de gás. No território ucraniano ainda passam os gasodutos que levam gás à UE. 
  • É celado acordo de paz que deveria entrar em vigor dia 15/02/2015.
  • Cessar-fogo não é o suficiente: conflitos continuam e Europa se vê ameaçada em um clima de formação de guerra civil.

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