sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Pré - História Americana

Períodos da Pré - História Americana
     A pré-história americana pode ser dividida em três períodos: o Lítico(até 8000 a.C.), Arcaico (8.000 a.C - 10.000a.C) e Formativo ( de 10.000 a.C. - 500 d.C). Vejamos os detalhes resumidos de cada um deles:
Período Lítico - nessa fase os homens pré-históricos viviam em pequenos grupos e se dedicavam à caça de grandes mamíferos e coleta de sementes, frutas e raízes. Possuíam o domínio do fogo e para se aquecerem e esquentarem a comida o fogo era utilizado. Essa fase se assemelha ao período paleolítico. 
Período Arcaico - desenvolveram culturas sofisticadas de caçadores - coletores explorando os recursos aquáticos. Supõe que usavam a carne de lobos marinhos para se alimentarem e da pele construiam suas embarcações que desbravavam os recursos hídricos. Ainda podiam usufruir da pele como agasalhos. 
Período Formativo - Foi o início da Revolução Neolítica , nas zonas da Amazônia, México, América Central e Andes há 5000 e 4000 anos antes de Cristo. Ainda foi caracterizado pela coleta de vegetais, sedentarização de confecção de cerâmicas, cestarias e tecidos, tanto como artefatos de perda para auxiliar na agricultura. A economia agrícola americana era autóctone, caracterizada por vegetais próprios e evoluídos da mesma região graças à irrigação e fertilização. Alguns registros ainda apontam criações de lhamas e alpacas.

A Megafauna Americana
     Aqui, no continente americano, a megafauna que vivia era adaptada a cada território, desde o norte da América até o sul. Apresentavam tamanhos e variedades exuberantes, entretanto aos poucos foram entrando no processo de extinção. No território brasileiro, por exemplo, tínhamos as preguiças - gigantes e gliptodontes (imagem abaixo). 


      O trecho que se segue foi retirado do http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/cacadores-de-fosseis/hominideos-x-megafauna, que mostra fatores que os cientistas tentam explicar o desaparecimento da fauna pré-histórica.
[...] O termo ‘megafauna’ é usado para definir um conjunto de animais que viveram durante o Pleistoceno (há mais de 11 mil anos). São preguiças, tatus, mastodontes e outros mamíferos que tinham uma característica comum: eram todos de grande porte. Seus restos são encontrados em abundância em praticamente todos os países e sempre fascinaram os cientistas por seu tamanho e diversidade.
    Para surpresa geral, encontraram indícios de uma das mais antigas interações de hominídeos com a megafauna documentadas até hoje
    Entre as questões mais discutidas sobre esses animais está a sua extinção. Uma corrente de pesquisadores defende que as variações climáticas foram um dos fatores que mais influenciaram no seu desaparecimento; outros acreditam que a extinção se deveu à ação humana. Para avaliar a última hipótese, são necessárias evidências diretas da interação dos hominídeos com a megafauna. Mas essas evidências são raras e de difícil comprovação.
   Em busca de resposta para perguntas sobre a relação entre hominídeos e elementos da megafauna, o paleontólogo uruguaio Richard Fariña, da Universidade da República, em Montevidéu, e colegas estudaram detalhadamente um depósito no Uruguai formado há 30 mil anos. Para surpresa geral, encontraram indícios de uma das mais antigas interações de hominídeos com a megafauna documentadas até hoje. Os resultados desse trabalho acabam de ser publicados em Proceedings of the Royal Society B. [...]
 Os sambaquis 
      Há 10 mil anos com o aumento da temperatura e a elevação do nível dos oceanos, antigos seres humanos que aqui habitavam mudaram para o litoral para obter a alimentação que passou a ser abundante nessas regiões.
        Um dos mais impressionantes vestígios da existência desses humanos são os sambaquis, povos que viveram mais ou menos 2000 anos na parte costeira brasileira. Os sambaquis são montes feitos por conchas de mariscos artificialmente formados para enterrar os membros que morriam e todos os seus objetos. Pesquisadores acreditam que possam ter sido usados para práticas de rituais para momentos funerários colocando seus pertences, que vão desde fogueiras, colares, pedras e até recipientes de barro não cozidos.


     Esses registros chegam a  atingir tamanhos de 30 m a 400 m de comprimento. Os maiores se localizam em Santa Catarina. na imagem temos o registro de um deles. Infelizmente muitos deles foram destruídos para darem lugar ao "progresso" infeliz do capital que pouco se importa com os registros históricos - culturais. É de extrema importância que haja a preservação desses e outros ambientes que trazem vestígios dos povos antigos. Já não basta o índio que aos poucos perdeu e vem perdendo seus territórios para o "desenvolvimento". Mas isso é reflexão e conteúdo para outro tema.

Imagens retiradas de:
https://peregrinacultural.files.wordpress.com/2010/03/gliptodonte.jpg]
http://api.ning.com/files/gCFzGtElImU2yb6NIavhbpEdc-40hjvSGWqtjcZ1nh-*kc0P1RrDUi4NG3xqrrEkVCsXJymhTg2dDEh-AIYmB3UdsS9pLSk-/sambaqui1.jpg?width=737&height=504
http://www.gazetadopovo.com.br/amazon/s3/sambaqui.jpg?w=620&h=600

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