Hoje, dia 15 de março de 2015, o Brasil completou 30 anos de democracia desde a posse de José Sarney. Infelizmente, hoje não foi "comemorada" da maneira adequada com uma manifestação nos estados brasileiros que não representou as verdadeiras necessidades do país e mais demonstraram ódio e repudio à presidente do que críticas construtivas ao que há de errado em cada estado. Ela não é a única responsável por manter o país e independente de qual fosse o presidente que assumisse o mandato agora em 2015 faria o mesmo que está sendo feito por ela parar tentar frear a inevitável crise econômica: que será a primeira a ser discutida
Marcos Nunes Carreira, ano passado, já havia especulado sobre isso: " “ (...) nova matriz econômica” — como ficou conhecida a política econômica
adotada pela presidente Dilma Rousseff (PT), em 2011. Devido a isso, o
próximo governo, sendo Dilma ou não (só outubro dirá), precisará fazer
fortes reajustes para que o Brasil não sofra com uma grande crise. (...)"
Vimos em jornais, inclusive no período da copa, que foram registrados o baixo crescimento e a baixa taxa de investimentos. Ainda do Jornal Opção (referências http://www.jornalopcao.com.br/reportagens/2015-sera-o-ano-dos-reajustes-para-economia-brasileira-entenda-o-porque-7027/), ressalto:
"[...]
Para os próximos anos, as projeções da Focus são: 1,8% (2015), 2,5%
(2016), 3% (2017) e 2,8% (2018). Assim, é possível ver que o ano que vem
sofrerá com condições piores que as vividas atualmente. Por quê?
Podemos analisar, por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro
trimestre deste ano: o crescimento foi de 0,2% em comparação com o
trimestre anterior. Não foi um bom resultado, visto que ficou clara não
apenas a retração do consumo das famílias (0,1%), como a queda de 0,8%
da indústria, além do negativo desempenho dos investimentos (-2,1%). (...)
O cenário geral apresentado acima é, sem sombras de dúvidas,
preocupante. Sobretudo quando colocamos em análise um dos principais
problemas no Brasil atualmente: a inflação. Marcel Grillo Balassiano,
economista do setor de economia aplicada do Instituto Brasileiro de
Economia (Ibre) da FGV, lembra que a inflação fechou 2013 em 5,9%, bem
acima da meta de inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional
de 4,5% e acima também da “meta informal” do Banco Central (BC), que foi
de 5,84%. Em maio, a inflação (em 12 meses) foi de 6,4%, e, segundo o
último relatório Focus, deve encerrar o ano em 6,5%, no topo do
intervalo de tolerância. (...)
Esse controle, de acordo com Balassiano, fez com que a inflação dos
administrados fosse de “apenas” 1,5%, enquanto a inflação dos livres
ficou acima de 7%. A título de comparação, em 2012, a inflação dos
administrados foi de 3,7%, e dos livres foi de 6,6%. À primeira vista,
esse controle parece benéfico. Contudo, a redução drástica do preço de
alguns produtos, como aconteceu com a energia elétrica, cria uma bola de
neve que irá estourar no futuro, pois cria dívidas que serão pagas pelo
povo. No caso, tudo indica essa bola estourará no ano que vem. Como diz
Nathan Blanche, um dos mais respeitados economistas do país, basta
comparar com uma empresa. “Se uma empresa começar a vender produtos
abaixo do preço de custo ela quebra. Governo não quebra, pois emite
moeda e dívidas, que o povo irá pagar no futuro.”
(...)
Para o deputado estadual Luis Cesar Bueno (PT), o cenário pessimista
que é colocado por “setores ortodoxos da economia e por alguns políticos
reacionários” tenta apenas “desequilibrar o jogo político que, hoje, é
extremamente favorável à presidente Dilma”. Ele reconhece que o PIB não
“cresce a ritmo chinês”, mas diz que o Brasil ainda está muito além da
Europa e dos Estados Unidos.
“A Inglaterra, a Espanha, Portugal e França trabalham para manter o
ritmo e não conseguem. Os Estados Unidos, que estavam em um processo de
recessão constante, estão passando por um processo de estagnação. E
enquanto todos estão nessa situação, no Brasil está tendo emprego. Não
estamos em processo de recessão. Estamos mantendo nossos empregos, a
âncora cambial está estável, a Bolsa de Valores está em alta e a
inflação controlada. Esses são os princípios fundamentais para que o
Brasil retome o ritmo de desenvolvimento.”
Para apoiar seu argumento, o deputado usa como exemplo o valor do
dólar no período FHC e agora. “Para se ter uma ideia, o dólar na época
do presidente Fernando Henrique Cardoso era R$ 4.
[...]"
Ainda vale relembrar que o nosso país depende muito de países que atualmente estão em crise como EUA e componentes da União Europeia, como Espanha, por exemplo. E o agronegócio ainda nos mantém atrelados a ele principalmente pelo Oriente Médio e índia.
É claro que a Dilma está enfrentando dificuldades no cenário econômico, mas já percebemos indícios da crise há um bom tempo atrás. Se você lembrar de suas compras em supermercados saberá o como já estava te afetando.
A inflação já está há tempos e só foi maquiada, entretanto chegou um momento em que isso não pôde continuar. A realidade é que a inflação é inevitável em um país. Desde o ano passado já foram calculados e divulgados os prováveis aumentos do dólar.
Ainda há muito o que dizer diante esse cenário, pois uma crise não é motivo de pedir impeachments sem fundamentos e ainda mais manifestações de reacionários e pessoas em prol PSDB, bem como manipulações feitas pela mídia, somente para tirar a presidente do poder.