Com mais um avanço da engenharia genética, agricultores finalmente
poderão saber a saúde da planta que cultivam. Pesquisadores ingleses
modificaram plantas para que emitissem luz que revelasse a natureza do
estresse - dessecação ou exposição ao congelamento. A ideia é colocá-las
perto de outras plantas para atuarem como indicadores biológicos.
Segundo o pesquisador Marc Knight de Edimburgo, "É um método
simples e que fornece uma grande quantidade de informação". Os
agricultores usariam sensores de luz para identificar quaisquer
problemas na plantação. Cada 'estresse' desencadeia um nível diferente
de ativação do gene, logo pode-se descobrir o que está causando a
fluorescência levemente azul-celeste. Com isso, rapidamente os problemas
que a planta está sofrendo podem ser melhorados.
Aequoria victoria |
Essa fluorescência vem de uma proteína chamada aequorina, produzida naturalmente pela água - viva, Aequorea victoria. Os pesquisadores pegaram o gene desse cnidário e introduziram nas plantas com auxílio de Agrobacterium tumefaciens, bactéria que integra o seu plasmídio no D.N.A do hospedeiro.
Mas, e que interferências essa substância capta? Um exemplo é o
cálcio, no qual a proteína aequoria é sensível. A mitocôndria e o
exterior das células se tornam ricos em íons de cálcio. E quando a
planta é tocada (seja pela ação do ventão, mão humana e entre outras
pressões) libera para o citoplasma celular o cálcio . Logo entra em
contato com os receptores sensíveis ao íon e essa resposta é registrada
pela modificação genética. Isso é registrado quando ela emite uma leve
fluorescência azulada.
Desse modo, a saúde das plantas pode ser beneficiada com o avanço
da bioquímica e da genética. É claro, existem polêmicas - assim como
nos transgêncios - quanto à modificação do material genético da planta. E
com certeza é uma discussão que demorará para ser decidida, mesmo
quando essa técnica se difundir no agronegócio.
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